Cérebro sob ataque: o impacto oculto da apneia obstrutiva

Publicado por: FeedNews
03/11/2025 21:22:57
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Estudos apontam que as pausas respiratórias noturnas da apneia obstrutiva podem causar micro-hemorragias cerebrais, elevando o risco de Alzheimer e declínio cognitivo./ Ideia
Estudos apontam que as pausas respiratórias noturnas da apneia obstrutiva podem causar micro-hemorragias cerebrais, elevando o risco de Alzheimer e declínio cognitivo./ Ideia

Especialistas de Harvard reforçam: apneia é fator de risco para demência precoce.

 

As paradas respiratórias provocadas pela apneia obstrutiva do sono estão sendo associadas a micro-hemorragias cerebrais, que podem acelerar o envelhecimento do cérebro e aumentar o risco de demência e Alzheimer.

 

A apneia é um distúrbio caracterizado pela obstrução das vias aéreas durante o sono, resultado do relaxamento dos músculos da garganta. Isso causa interrupções temporárias da respiração, que muitas vezes se manifestam como ronco intenso ou engasgos noturnos.

 

Entre os tratamentos disponíveis estão os dispositivos orais que mantêm as vias aéreas abertas e o uso do CPAP, equipamento que fornece pressão positiva contínua, permitindo uma respiração regular durante o sono.

 

Pesquisadores descobriram que casos moderados e graves da apneia estão ligados ao aumento de microderrames cerebrais, um fenômeno comum no envelhecimento, mas potencialmente acelerado por esse distúrbio. Com o tempo, o acúmulo dessas lesões pode levar a declínio cognitivo precoce e maior vulnerabilidade a doenças neurodegenerativas.

 

O professor Rudy Tanzi, neurologista da Harvard Medical School, ressalta que o estudo “reforça a necessidade de levar a apneia do sono mais a sério, pois o dano cerebral pode ser mais profundo do que se imagina”.

 

Sinais como ronco frequente, sensação de sufocamento noturno, sonolência diurna, irritabilidade e dificuldade de concentração podem indicar apneia. Outros sintomas incluem sudorese noturna, ranger de dentes, dores de cabeça matinais e acordar várias vezes por noite.

 

Além dos tratamentos com aparelhos, a ciência já testa o primeiro medicamento aprovado para tratar a apneia obstrutiva do sono, abrindo caminho para uma nova abordagem terapêutica no combate a esse distúrbio silencioso e potencialmente perigoso.

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