A glicose alta destrói o corpo lentamente: aprenda a perceber os sintomas precoces.
O diabetes é uma das doenças metabólicas mais silenciosas e perigosas do mundo. O tipo 2, responsável pela maioria dos casos, se desenvolve lentamente, sem sintomas claros nas fases iniciais. Já o tipo 1 costuma surgir de forma abrupta, em semanas ou meses. Apesar das diferenças na origem, ambos compartilham sinais que não devem ser ignorados — alguns deles visíveis até na pele.
Os sintomas mais característicos do diabetes são conhecidos como os “3Ps”:
Poliúria: urinar com muita frequência.
Polidipsia: sede intensa e constante.
Polifagia: fome exagerada, mesmo após comer.
Esses sinais vêm acompanhados de perda inexplicável de peso, principalmente no diabetes tipo 1, além de fadiga persistente, mudanças de humor, ansiedade sem causa aparente, cãibras noturnas, dormência ou formigamento nas pernas e mãos, e até dores musculares inexplicáveis.
Outro alerta é a visão turva ou embaçada, resultado de variações nos níveis de glicose que afetam o cristalino. Nos homens, pode surgir diminuição da libido e disfunção erétil.
Resumindo, os sinais mais frequentes incluem:
Micção excessiva
Sede exagerada
Fome constante
Perda de peso inexplicável
Cansaço e falta de energia
Mudanças de humor
Ansiedade sem motivo
Cãibras noturnas
Dormência ou formigamento
Dores musculares inexplicáveis
Problemas de visão
Libido reduzida
Nem todos sabem, mas a pele pode revelar o diabetes antes do diagnóstico. A seguir, os principais sinais dermatológicos:
Necrobiose lipoídica: manchas elevadas e duras, que coçam e doem — consideradas um marcador típico da doença.
Acantose nigricans: escurecimento nas dobras (pescoço, axilas, virilhas), conhecido como o “pescoço sujo do diabetes”.
Infecções fúngicas e bacterianas: como micoses e infecções vaginais recorrentes.
Pele seca e com coceira constante.
Feridas que demoram a cicatrizar, especialmente nos pés e pernas.
Dermopatia diabética: manchas marrons ou avermelhadas nas canelas, sem dor ou coceira.
Bolhas diabéticas (Bullosis diabeticorum): surgem nas mãos, pés e antebraços, semelhantes a queimaduras.
Xantomatose eruptiva: pequenas lesões amareladas e avermelhadas, causadas pelo excesso de colesterol.
Endurecimento da pele nas mãos: dificulta dobrar os dedos e pode se estender aos antebraços e pescoço.
O excesso de glicose no sangue danifica vasos sanguíneos e nervos, afetando a circulação e o metabolismo da pele. A imunidade também enfraquece, permitindo infecções frequentes e cicatrização lenta.
Esses sintomas não devem ser ignorados. Detectar o diabetes precocemente é a melhor forma de evitar complicações sérias, como neuropatias, insuficiência renal, cegueira e amputações.
Procure um endocrinologista se houver:
Fome e sede intensas por vários dias
Perda de peso sem explicação
Feridas que não cicatrizam
Escurecimento ou manchas novas na pele
Fadiga persistente
O diagnóstico é simples e feito com exames de sangue, como glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste oral de tolerância à glicose.
O corpo dá sinais claros quando há desequilíbrio metabólico — basta saber interpretá-los. Reconhecer precocemente os sintomas do diabetes pode salvar órgãos, evitar sequelas e garantir qualidade de vida.
No próximo artigo da TVSaude.Org, vamos explicar como detectar a pré-diabetes a tempo e o que pode ser feito para impedir que ela evolua para o diabetes tipo 2. Não perca!