A maioria dos casos ocorre em homens saudáveis e jovens. O que explica isso — e como agir rapidamente.
O câncer testicular se origina nas células que produzem os espermatozoides e os hormônios masculinos. Os testículos — pequenas glândulas localizadas dentro do escroto — são responsáveis por fabricar a testosterona e armazenar os espermatozoides. Quando células anormais começam a se multiplicar descontroladamente, formam um tumor que pode se espalhar, caso não seja identificado a tempo.
Embora represente menos de 2% de todos os casos de câncer masculino, o câncer testicular é o mais comum entre homens de 20 a 40 anos. A boa notícia é que, quando descoberto precocemente, as chances de cura ultrapassam 95%.
O primeiro sintoma geralmente é um pequeno caroço no testículo, firme e indolor. Pode parecer algo insignificante, mas merece atenção imediata. Outros sinais de alerta incluem:
Sensação de peso ou desconforto no escroto
Inchaço ou diferença de tamanho entre os testículos
Dor leve no abdômen inferior ou nas costas
Alterações na textura dos testículos (mais duros ou mais firmes)
Em casos raros, aumento nas mamas devido a alterações hormonais
Esses sintomas não significam necessariamente câncer — mas todo nódulo testicular precisa ser avaliado por um urologista. Quanto antes o diagnóstico, maior a chance de tratamento simples e eficaz.
Assim como o autoexame de mama é essencial para as mulheres, o autoexame testicular é o aliado número um dos homens na detecção precoce.
O ideal é realizá-lo mensalmente, de preferência durante o banho morno, quando a pele do escroto está relaxada. O processo é simples:
Segure o testículo entre os dedos e o polegar.
Role-o suavemente, procurando caroços ou áreas endurecidas.
Observe qualquer diferença de tamanho, forma ou consistência.
Se notar algo diferente, procure um urologista imediatamente.
Esse gesto rápido e íntimo pode representar a diferença entre um tratamento leve e uma batalha mais difícil.
Apesar da facilidade do diagnóstico, muitos homens ignoram sintomas por vergonha ou medo. Falar sobre o tema ainda é um tabu, e isso tem um custo alto.
Campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, vêm mudando esse cenário — mas é preciso ir além: incluir o tema nas escolas, nas empresas e nos consultórios médicos de rotina.
O câncer testicular não é sinônimo de impotência ou infertilidade — é um alerta do corpo pedindo atenção.
Com o avanço da medicina e dos exames de imagem, é possível diagnosticar e tratar com segurança, preservando a fertilidade e a vida sexual.
O câncer testicular é um inimigo invisível, mas vencível. A chave está na informação e no hábito do autoexame. Homens que se conhecem, se cuidam e não negligenciam os sinais do corpo têm maiores chances de cura e uma vida plena após o tratamento.
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No próximo capítulo da série “Câncer Testicular: O Que Todo Homem Precisa Saber”:
“Quando o Corpo Dá Sinais: Entenda os Estágios e Tipos do Câncer Testicular” — uma explicação clara e acessível sobre como o câncer evolui e como cada tipo afeta o tratamento e o prognóstico.