Cirurgia Transesfenoidal: A Técnica Minimamente Invasiva para Remoção de Macroadenomas

Publicado por: FeedNews
23/09/2024 12:12:25
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Cortesia Editorial Arquivo
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Quando a Remoção Cirúrgica do Macroadenoma é Indicada?

 

O Entrevista Expressa perguntou ao médico Endocrinologista Dr. Carlos Bizinoto Martins sobre a Remoção Cirúrgica do Macroadenoma

Repórter: Dr. Carlos, o que exatamente caracteriza o macroadenoma da glândula pituitária e em quais casos ele requer remoção cirúrgica?

Dr. Carlos Bizinoto Martins: O macroadenoma é um tumor benigno que se desenvolve na glândula pituitária e, por seu tamanho (geralmente maior que 1 cm), pode comprimir estruturas vizinhas, como o nervo óptico, causando sintomas como visão embaçada ou perda de campo visual. A remoção cirúrgica é indicada quando o tumor está crescendo rapidamente, causando disfunção hormonal grave ou pressionando estruturas adjacentes, como os nervos da visão.

 

Repórter: A cirurgia transesfenoidal é o método mais utilizado. Por que essa técnica é preferida?

Dr. Carlos: A cirurgia transesfenoidal é preferida por ser minimamente invasiva. Ao acessar o tumor pela cavidade nasal e o seio esfenoidal, o neurocirurgião evita abrir o crânio, o que reduz complicações e melhora o tempo de recuperação. Além disso, essa abordagem não deixa cicatrizes visíveis, minimiza danos às estruturas cerebrais e permite uma visão ampliada da área por meio de um endoscópio.

 

Repórter: Quais são os principais benefícios dessa abordagem minimamente invasiva?

Dr. Carlos: Os principais benefícios incluem menor risco de infecção, cicatrização mais rápida, redução de dor pós-operatória e retorno mais rápido às atividades normais. Além disso, a abordagem endoscópica oferece uma visualização precisa do tumor, o que aumenta a taxa de sucesso da remoção completa.

 

Repórter: E quanto à recuperação do paciente? Quanto tempo, em média, é necessário?

Dr. Carlos: A recuperação é geralmente mais rápida em comparação à craniotomia tradicional. Em torno de uma a duas semanas o paciente pode retomar suas atividades cotidianas, dependendo da resposta individual à cirurgia e do tamanho do tumor removido. Porém, a monitorização continua dos níveis hormonais é essencial para garantir que a função pituitária se mantenha estável.

 

Repórter: Existem riscos associados a essa cirurgia?

Dr. Carlos: Como qualquer procedimento cirúrgico, a remoção de macroadenomas pode ter riscos, como sangramento, infecção e vazamento de líquido cefalorraquidiano. No entanto, a taxa de complicações é baixa, especialmente com o uso da técnica endoscópica transesfenoidal.

 

Repórter: Dr. Carlos, obrigado pelas explicações claras sobre a cirurgia transesfenoidal. Seus insights certamente ajudarão a esclarecer dúvidas dos pacientes.

Dr. Carlos Bizinoto Martins: Eu que agradeço pela oportunidade de contribuir com a TV Saúde.

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