Denúncias apontam falta de estrutura básica na unidade do Bom Prato HC Ribeirão Preto: idosos e deficientes relatam desmaios e sofrimento em filas diárias para garantir refeição.
A cena se repete diariamente em Ribeirão Preto: idosos e deficientes chegam ao Bom Prato com mais de uma hora de antecedência para garantir a refeição do dia. Apesar do esforço, são obrigados a esperar em pé, sob forte sol, sem bancos, água potável ou sanitários disponíveis.
A unidade abre cedo, às 7h da manhã, para o café, e segue até o almoço. Contudo, a realidade mostra-se dura para os mais vulneráveis. Alguns chegam a desmaiar durante a espera. Muitos, acima dos 80 anos, não suportam a longa permanência em pé.
Em nota, a direção afirmou que já havia disponibilizado bancos, mas estes foram danificados, e que o bebedouro de água gelada queimou e não seria reposto. A justificativa, porém, não encontra respaldo legal ou humano: o Estatuto do Idoso garante proteção especial a pessoas acima de 60 anos, impondo ao poder público a obrigação de assegurar condições mínimas de dignidade.
Os bancos pertencem à Prefeitura de Ribeirão Preto e foram doados à unidade, mas não estão mais disponíveis para os frequentadores. Essa ausência de medidas simples, como assentos e água potável, tem sido vista por usuários como verdadeiro ato de negligência e maus-tratos aos desvalidos.
Vários depoimentos, registrados em vídeo, demonstram indignação contra a atual gestão do Bom Prato HC Ribeirão Preto. A comunidade pede revisão imediata das diretrizes da unidade, para que os direitos dos mais frágeis sejam respeitados. Afinal, trata-se de um serviço público voltado justamente para quem mais precisa.
No próximo artigo, vamos analisar como o Estatuto do Idoso pode ser usado juridicamente para garantir mais conforto e dignidade em serviços públicos, e quais ações os cidadãos podem adotar para exigir seus direitos.